China Afirma a Sua Posição

impulsionar o crescimento econômico e atender às necessidades do crescimento populacional. No início, América Crece focava principalmente na infraestrutura do setor de energia. No entanto, como os investimentos da China na região - incluindo as despesas da ICR - cobrem infraestrutura energética, telecomunicações, portos, rodovias e aeroportos, Como resultado a América Crece passou a cobrir também essas áreas, com ênfase em infraestrutura energética. Segundo o Departamento de Estado dos EUA, a América Crece terá como foco inicial a América Central, correndo o risco de perder oportunidades em outras áreas como a América do Sul, onde a China é muito ativa.

Japão e Coréia do Sul, fazem parte do esforço para contrabalançar o papel dominante da China em minerais críticos. Em 2019, o Departamento de Estado dos EUA criou a Iniciativa de Governança de Recursos Energéticos para ajudar os países aliados a extrair minerais essenciais de forma sustentável. 24 O Peru é um parceiro fundador da iniciativa e a Argentina e o Brasil são participantes. O programa promove a mineração sustentável por meio de um plano e um kit de ferramentas que inclui as melhores práticas e lições aprendidas. Outra iniciativa dos EUA é a “América Crece” (América Cresce), que foi oficialmente lançada em setembro de 2020. 25 América Crece é “uma abordagem inovadora que engloba todo o governo, para apoiar o desenvolvimento econômico catalisando o investimento do setor privado em energia e outros projetos de infraestrutura na América Latina e o Caribe,” 26 segundo o Departamento de Estado dos EUA. Seu objetivo é apoiar o desenvolvimento econômico por meio da criação de empregos e projetos de infraestrutura na região da ALC. A iniciativa foi desenvolvida depois do governo dos EUA perceber que a ALC sofre de uma grande escassez de investimentos em infraestrutura. A região precisa de entre US$100 bilhões a US$150 bilhões em novos investimentos anuais em infraestrutura para ajudar a

O governo Biden e as relações China-ALC: o que fazer? O governo Biden terá que lidar com uma ALC devastada pela COVID-19, com seus países

enfrentando a maior contração econômica de sua história moderna. O FMI está prevendo uma contração geral do PIB de 8,1% em 2020 e uma recuperação de 3,6% em 2021. Mas se espera que a maioria das economias não retorne ao crescimento pré-pandemia até 2023. 27

INSTITUTO DAS AMERICAS 14

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