China Afirma a Sua Posição

Foreword

in Latin American Energy: What It Means for the Region, the U.S. and Beijing

China Aposta na Energia da América Latina connections in LAC. China is furnishing countries across LAC with some of the world’s most advanced technology – solar and wind power systems – at highly competitive prices, thus gaining an edge on other international competitors. China Afirma a Sua Posição no Sector Energético da A erica Latina O Que Signi ca Para a Região, os EUA e Pequim e are pleased to present the Institute of the Americas Energy & Sustainability program’s latest report: China Stakes Its Claim in Latin American Energy: What It Means for the Region,

Prefácio

W

T

emos o prazer de apresentar o mais recente relatório do programa Energia e Sustentabili- dade do Instituto das Américas: China Afirma a sua Posição no Setor Energético da América Latina: O que significa para a Região, os EUA e Pequim. A República Popular da China (China) tornou-se um grande investidor, credor e ator em todo o setor de energético na América Latina e no Caribe (ALC). Com efeito, os empréstimos e os investimentos da China financiaram um conjunto impressionante de projetos no domínio das infraestruturas, da energia e da exploração mineira. Com mais de US$ 58 bilhões investidos entre 2000 e 2019, a China tem claramente, como o nosso relatório demonstra, se afirmado no setor energético da ALC. Com os contornos da transição energética global e uma maior atenção à redução das emissões e à ação climática que estimula o enorme crescimento da energia renovável, a China mostrou a sua força nesse segmento do setor energético global e na ALC. O nosso relatório procura ressaltar um desenvolvimen- to muito significativo para a ALC e os Estados Unidos: o controlo da China e a posição dominante nos minerais críticos, nas energias renováveis e nas redes elétricas tem vindo a acelarar nos últimos anos. Tal como acontece com o aspeto mais matizado e contemporâneo do avanço da China em energias renováveis e minerais críticos, o alcance do gigante asiático na ALC tem, ultimamente, sido canalizado através de grandes aquisições e projetos ganhos em licitação internacional. Em 2020, as fusões e aquisições chinesas em energia da ALC atingiram US$7,7 bilhões, de acordo com a Bloomberg, ou 25% das aquisições chinesas. The People’s Republic of China (China) has become a major investor, lender and actor across the energy sector in Latin America and the Caribbean (LAC). Indeed, loans array of projects in infrastructure, energy and mining. With more than $58 billion invested between 2000 and 2019, China has clearly, as our report title notes, staked a claim in LAC’s en rgy sector. With th c ntours of the global energy ransi i n and incre sed attention on reducing emissions d climate action spurring huge growth in renew bleen rgy, China energy sector and in LAC. development for LAC and the United States: China’s control and dominant position in critical minerals, renew- able energy and electric networks have accelerated in the last few years. As with the more nuanced and contemporary aspect of China’s push into renewables and critical minerals, the Asian giant’s reach into LAC of late has been channeled through major acquisitions and projects won in interna- tional bidding. In 2020, Chinese M&A deals in LAC energy reached $7.7 billion, according to Bloomberg, or 25% of Chinese acquisitio s worldwide. From renewabl s auctions in Col bia and acquisition of takeovers of ajor transmission nd distribution compa- nies in Brazil and Chile, our report unpa ks th s new and the U.S. and Beijing.

Desde de leilões de energias renováveis na Colômbia e aquisição da maior empresa privada de energia renovável do México, até aquisições de grandes empresas de transmissão e distribuição no Brasil e no Chile, nosso relatório desvenda esta nova e menos conhecida faceta de conexões econômicas e financeiras da China na ALC. A China está a fornecer aos países da ALC algumas das tecnologias mais avançadas do mundo - sistemas de energia solar e eólica - a preços altamente competitivos, ganhando assim uma vantagem sobre outros concor- rentes internacionais. Como o maior consumidor mundial de petróleo, os esforços da China para garantir o abastecimento em mercados-chave como a Venezuela, Equador e Brasil também são notáveis. Os enormes empréstimos e investimentos da China na zona petrolífera e os acordos com as companhias petrolíferas nacionais (NOC) destes países têm sido bem documentados. Mais recentemente, uma grande descoberta de petróleo na costa de Guiana contou com uma NOC chinesa como parte do consórcio, sublinhando o interesse contínuo da China em projetos- chave de petróleo. O chamado elemento de armadilha da dívida da ALC é discutido no nosso relatório, dando particular atenção ao fornecimento de somas desconhecidas pelo governo chinês em financiamentos não oficiais para a região. O impacto da covid-19 na economia e no deficit orçamental da maioria dos países da ALC só irá acentuar este problema. O nosso relatório termina com informações destinadas a moldar a discussão dentro da administração Biden e nas maiorias democráticas em ambas as câmaras do Congresso. É um momento propício para reiniciar. De fato, a nova administração tem a oportunidade de fortalecer as relações EUA-América. secure supplies in key markets such as Venezuela, Ecuador and Brazil are also noteworthy. China’s enormous loans and investments in the oil patch and deals with the national oil companies (NOC) of these nations have been well-documented. More recently, a Chinese NOC as part of the consortium, underscoring China’s continued interest in key oil projects. LAC’s so-called debt trap element is discussed in our report, particularly with a no to the relevance of the Chinese government’s supply of unknown sums in LAC will only acce tu te this issue. discussion for the Biden administration and Democratic majorities in both houses of Congress. It is a moment that is ripe for reset. Indeed, the new administration has an opportunity to strengthen US-Latin America relations by encouraging private investment, particularly in mining, clean energy and infrastructure projects. The report assesses how the Biden administration can deal with the challenge of China’s growing reach in the economies of LAC and its often unfair trade and invest- ment practices. As it moves beyond the Trump adminis- tration’s relations across the Western Hemisphere, we highlight theneed for the new Biden administration to respond to China’s expanding role in LAC’s energy sector, including recent ergers and acquisition (M&A), nd ways to ad ress ome of he geopolitical conse-qu ces of the e investments.

IMAGE DE CAPA Yuan chinês no mapa da América do Sul Fonte: Alamy

Made with FlippingBook - Online magazine maker